segunda-feira, 24 de agosto de 2009


Retornas aos átrios
De minha vida
Enchendo com tuas súplicas
Os cântaros do meu coração.
E a até então o barco
De meus acontecimentos
A anos ancorado
A contemplar aquela
Suave passagem do tempo
Prepara-se para receber-te
Como a noite seus mistérios
Com a tua musica
De incontáveis cítaras
E teu cheiro
De um grandioso jardim
De segredos
Ilumina a escuridão
De minha morada
Com tua imagem
Como a luz de uma lamparina
Que desbrava as trevas
Do desconhecido
E toma meu coração
Sem juras nem ofertas!

Guálter Alencar
imagem:Dali

domingo, 9 de agosto de 2009


Amantes

Avante amantes
Todos que amaram e amam nesta vida
Marchemos a um novo horizonte!
A uma nova concepção de vida!

Vamos edificar
A naturalidade de amar,
Não mas meu amor,
E sim amor,
Grande amor,
Pois o ter traz a dor,
A dor de não ter,
A dor de querer e não puder,
De puder e não querer ser dono do seu amor,
Se eu te amo
E tu me amas
É o bastante,
O resto é distante!


Guálter Alencar

sábado, 8 de agosto de 2009



Nos perdemos

Nas entranhas do desejo

A maça se fez parte

Principal do desfecho

Entraram nas raízes

Fixadas na profundidade do tempo

O combate da razão!

E nos perdemos

Na escuridão do ego.

Na medida que o habito

Nos enforca

Ecoa em nossos corações

O inferno dos homens

A solidão!

Como aves no amanhecer

fervilha em nossas mentes

nossos demônios!

E fugimos para o circulo do vazio

Evidente q o nosso carrasco

Nos protege de nós mesmos

Nos dando colo e ouvidos

Iluminando essa estrada

Em busca de sentidos!


Guálter Alencar

Imagem:Tou Louse

quinta-feira, 6 de agosto de 2009


Enche a taça do meu coração
Com tua benevolência
Dai-me um sufoco de um beijo
Que transborde alegria
Das janelas de minha alma gentil
Que teu sorriso ilumine
Com a calma de uma manhã de inverno
Meu jardim de pensamentos
E que eu possa colher com o teu canto
A paz que desejo
Que teu cheiro de rosa de botão
Inunde meu corpo
E a seiva de tua vida
Espalhe-se pela minha
Por longas primaveras.

Guálter Alencar

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Quadro-arthur rackham
Abandonastes o doce caminho

Pelo atalho do bosque sombrio.

Os pássaros, a calmaria da estrada

Pelas sinuosas veredas desconhecidas.

Quisera chegar ao ‘’fim’’Sem compreender o significado do ‘’começo’

’E com a ânsia de vive-lo

Abandonou a estrada

Andastes maravilhada

Tocando sua doce flauta

Canções que despertavam a floresta

Passo a passo a receber as flores e perfumes

Que com gracejo a floresta oferece aos andarilhos

Procurava forças para continuar

Até q de súbito com o retumbar da consciência

Compreendestes que na escuridão da floresta

Não levaras ao ‘’fim’’ desejado

E que os gracejos são só e para os andarilhos

Mas andastes dias e dias

E o caminho a prostrasse no infinito dos dias

Não encontraras mais porque encheste de flores,matos e fruteiras

Igualando-se assim a sua floresta

Portanto deixou de ser o seu antigo caminho!

Guálter Alencar

Somos escravos das palavras,

Dos gemidos,

do limitar de nossos corpos

Quisera eu fundir-me a ti

Sermos um corpo só

uma só alma,

Um estrondar de sentimentos,

Um trovão rompendo o silencio

Do espaço causado por m raio

De intenso amor

E exalar desta união

O mais fino tempero

Que se espalha a esmo

Pelo mundo de apelos

De quem ama

Como o amor e a dor se fundem

A dor de querer,

de querer e ter

E ter que querer sempre mais, mais e mais.

Guálter Alencar
quadro: jackVetriano
A noite ao deitar enfadada no sofá de lembranças
Escuta o silencio, ele é sincero
Cansada da verdade da noite,
Da promiscuidade social
Aonde as noites são lindas
O manto negro estrelado
Cobre as horas de solidão coletiva
Embaladas pelos sons de desejos
E de olhares fantasiosos.
Deita teu corpo de cera
Impregnado de cheiros
De cigarro, álcool
E perfumes alheios.
Desata as sandálias da beleza
A esta hora já não mais lhe servem
Tens agora só o silencio
E este não incomoda-se
Com tua aparência
Usa-as para derrubar as cinzas
Do derradeiro cigarro
Desmancha o penteado
Deixa os sedosos negros cabelos
Assentar-se em suas formas.
Deitada estática
Como um anjo torto
Olhar perdido
Deixa cair uma lagrima
Será de sono?
Ao virar-se de lado
Como quem quebra um encanto
Da o ultimo suspiro a ausência
E debanda-se ao mundo da liberdade!

Guálter Alencar

quadro: jackVetriano